LTA Sul 2025: “Nos tornamos mais perigosos para paiN e FURIA”, diz Josedeodo após vitória da IE

LTA Sul 2025: “Nos tornamos mais perigosos para paiN e FURIA”, diz Josedeodo após vitória da IE

League of Legends

A Isurus Estral segue avançando na LTA Sul 2025 2º Split. Após eliminar a Vivo Keyd Stars e a LOUD, a equipe continua sua trajetória pela Chave Inferior do torneio, onde já eliminou duas equipes brasileiras — três, se considerarmos também a série classificatória para os playoffs contra o Fluxo W7M.

Nos momentos decisivos, os argentinos têm crescido na competição. E isso, na visão de Josedeodo, é o grande trunfo de sua equipe para o confronto contra paiN Gaming e FURIA, que estão na Chave Superior:

(…) Achava que, se o nosso time ganhasse hoje, a gente se tornaria mais perigoso para os outros times. Não porque sejamos melhores, mas por um boost moral — do tipo: “ok, ganhamos da Fluxo”, que já era uma série de vida ou morte.

Depois, veio outra série. E agora mais uma. Já são três. Então, pra mim, não é só um impulso moral — é também um ganho de confiança. A gente sabe que, em situações onde pode ser eliminado, o nosso time joga melhor.

Isso, pra mim, é muito positivo — tanto para o time quanto para toda a comissão. Estar em jogos decisivos, com essa pressão constante, tem sido bom pra gente.

O jungler da Isurus Estral deu sua visão sobre o confronto contra os Guerreiros, e mais detalhes sobre como lida com ego e a pressão dos playoffs em entrevista exclusiva para o Mais Esports. Confira:

Confira, abaixo, mais trechos da entrevista com Josedeodo.

Esperava uma série tão tranquila?

Tipo, a gente não esperava uma série assim. Pelo menos eu achava que eles poderiam tirar um jogo. Mas achei que eles não estavam jogando tão bem nos playoffs quanto jogaram na fase regular. Parecia que estavam com muito medo nas fases de rotas — tentando fazer ou muita coisa de uma vez, ou quase nada.

Não sei… tive a impressão de que eles não estavam realmente tentando criar jogadas. Os jogos acabaram ficando muito sensíveis. O outro time basicamente só virava as sides, não fazia nada além disso. Então, para a gente, foi só jogar de forma padrão.

Após o fraco desempenho na fase regular, como você encara que a confiança tem impactado a gameplay de vocês nessa boa fase?

Isso é, como posso dizer… uma pergunta interessante. Porque eu acho que tem muitos jogadores que, na fase regular, jogam muito melhor do que nos playoffs. E isso acontece em toda liga.

Então, é sempre importante ter jogadores que realmente jogam bem nos playoffs. Acho que o Snaker é um desses. Talvez, na fase regular, ele não estivesse mostrando sua melhor versão.

Mas agora, nos playoffs, dá pra ver como ele muda completamente seu jogo — como ele joga as teamfights, muita coisa mesmo. Para mim, isso faz muita diferença.

Times que estão confiantes nos playoffs sempre vão brilhar. Não importa o seed, se veio do lower bracket, nada disso importa.

No fim das contas, nos playoffs, qualquer equipe que perder uma série está fora. Então o medo da eliminação afeta todo mundo. E o time que sabe lidar melhor com essa pressão sempre vai se sair melhor.

Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr.

Como você encara esse papel de liderança dentro da Isurus Estral?

Muito bem. Eu acho que não é só mérito meu — a presença do Summit ajudou muito.

A chegada dele trouxe uma dinâmica com dois líderes, por assim dizer. Ele tem muitos momentos em que, quando estamos perdidos ou sem saber o que fazer, entra e nos guia. Ele contribui muito nessas situações de incerteza.

Acredito que muita coisa mudou com o Summit no time. Desde que ele entrou, sentimos essa diferença. Para mim, foi um ponto de virada.

Nosso time todo se adaptou muito bem, e eu gosto bastante de assumir a liderança no mapa, de forma geral. Mas quando se trata de tomadas de decisão mais específicas nas jogadas, o Summit ajuda muito — até mesmo nas análises e revisões pós-jogo.

Então, para mim, é um conjunto de fatores. Não sou só eu exercendo a liderança; é um esforço coletivo. E é por isso que o nosso time está evoluindo a cada dia.

Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr

O Cariok foi o MVP da fase regular. Acha que você está tão atrás assim dele?

Não, eu acho… Para mim, a votação de MVP é muito arriscada. Digo, para o time que tem o MVP. Porque a votação considera só a fase regular. Na minha opinião, deveria levar em conta todo o split, inclusive os playoffs.

Mas como é apenas a fase regular, acho que não tinha como ganhar esse MVP. O Cariok jogou muito bem. Só que agora, nos playoffs, todos os prêmios individuais acabam sendo irrelevantes. O que importa mesmo é o time que joga melhor. Para mim, sempre vai ser assim.

Acho que ele está jogando muito bem, e isso não é pouca coisa. Eu também considero que tive um split muito consistente. Provavelmente, se a gente chegar na final, o time dele vai ser nosso adversário. Então, para mim, o foco é jogar bem como equipe.

Muitos anos atrás, eu pensava que, se eu jogasse melhor do que o outro jungler, a vitória viria. Mas hoje, entendo que é o melhor time que vence. Por isso, contribuir para o time é muito mais importante do que brilhar individualmente.

Acha que ganhar esse split mandaria um recado de quê a Riot errou em acabar com a LLA?

Não sei, na verdade. Porque mesmo os números da LLA e da LTA, na época, eram bem baixos. Então, acho que a fusão foi uma forma de tentar gerar um novo tipo de hype — tanto para a Latam quanto para o Brasil.

Hoje, por exemplo, sinto que os times brasileiros não querem perder para o nosso time. E nós queremos ganhar porque somos o único time da Latam. Mas, para ser sincero, não tem um motivo especial pra isso.

Seria bom por outros motivos. Falando individualmente, seria bom para mim, moralmente. Mas eu não tenho nenhuma ligação pessoal com a antiga liga. Sim, claro, eu gostava de estar no México. Era muito legal estar lá com o time, comer uns tacos, essas coisas. Era divertido.

Aqui é parecido com a Argentina, então, pra mim, não faz tanta diferença. A única coisa mesmo é que aqui eu tenho que falar português — isso sim é uma diferença. Fora isso, não sei… Eu gosto do clima aqui. Os times são muito dedicados, e os jogadores se esforçam muito para evoluir.

Então, pra mim, é bom estar aqui. Não vejo muita diferença. A única coisa é que somos um time da Argentina jogando na liga do Brasil. Só isso.

(Foto: Divulgação/LTA Sul Flickr)

Como você lida com seu ego? E não deixa subir a cabeça os momentos bons e ruins?

Tem duas coisas. Primeiro, acho que isso vem um pouco da educação que recebi. Se minha mãe me visse agindo com ego — tipo falando “esse cara é horrível” — ela diria: “Você não pode falar isso”. Ela sempre me ensinou que você tem que ser humilde, respeitoso.

Depois, isso também virou algo pessoal. Teve uma época em que eu jogava muito por ego. Mesmo quando joguei na NA, percebi que isso era algo ruim pra mim.

Eu não gostava da sensação de ficar me comparando com outros jogadores, de pensar “sou melhor que ele, que aquele outro”. No fim das contas, isso não leva a nada. É só uma satisfação pessoal vazia.

Pra mim, é muito mais importante jogar bem como time do que me destacar individualmente. Esse negócio de “sou melhor que fulano ou ciclano…”, sim, todo jogador tem ego, não tem como negar. Mas numa entrevista, você não pode simplesmente dizer “esse cara é horrível, não sabe jogar”.

Todos os jogadores aqui têm algo especial, alguma habilidade que os torna bons em determinado aspecto. Então, pra mim, é sempre sobre reconhecer o que cada um tem de bom — e, claro, saber o que eu também tenho de bom.

No fim, trata-se de ser justo sempre que possível. É isso que eu acredito.

Acha que vocês têm uma vantagem no próximo confronto por já estarem vindo de vários confrontos decisivos? E quem você prefere enfrentar entre FURIA e paiN?

Na primeira série, eu gostaria de jogar contra a FURIA. Só porque eu quero jogar contra a paiN na Grande Final. Seria mais divertido.

(…) Quem está na parte de cima da chave, no upper bracket, não tem essa sensação de “se perder, acabou”. Nosso time já passou por isso três vezes.

Pode ser uma vantagem, pode não ser — afinal, os outros times também assistem aos nossos jogos. Então não dá pra dizer que temos uma super vantagem. É aquela coisa entre lower bracket e upper bracket: você nunca sabe o que vai acontecer.

E é isso que torna tudo mais divertido — não saber exatamente quem vai ser melhor que quem. Tudo depende muito da semana.

Agora, por exemplo, nenhum time tem scrims. Ninguém pode treinar com a FURIA, com a paiN ou com a gente, porque vamos todos jogar na mesma semana. Então, provavelmente, o time que preparar melhor a série vai sair vencedor.

Acompanhe os playoffs da LTA Sul 2025

Para não perder nada do que acontece dentro e fora do campeonato sul-americano de League of Legends, basta acompanhar a cobertura completa da LTA Sul 2025 2° split com calendário de jogos, resultados, tabela e outras informações aqui no Mais Esports! 

Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr.
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